O bullying se trata de uma situação caracterizada por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, que podem repercutir psicologicamente até a vida adulta. Recorrente principalmente no ambiente escolar, o assunto foi tema de palestras voltadas aos alunos do ensino médio e também do ensino superior, no Instituto Federal de Mato Grosso Campus Pontes e Lacerda-Fronteira Oeste, ministradas pelo professor doutor da Universidade Federal de Mato Grosso, João Garcia Caramori Júnior, membro ativista da Associação Brasil SGI, organização filiada à ONG Soka Gakkai Internacional (SGI), na sexta-feira (17).
Caramori, que disse já ter sido alvo de bullying na infância, destacou a necessidade de entender a vítima e as ações do agressor. “Quem faz o bullying tem consciência, mas falta despertar. Há uma diferença entre escutar e ouvir. Muitos escutam, mas não ouvem. Escutar é através do ouvido, agora ouvir, é com o coração. Trata-se de abordar essa questão com empatia. No caso dos adultos, e se fossem um filho deles? Essa é a estratégia”.
O professor ainda frisou o papel do docente e da família no processo, já que muitas vítimas preferem ficar em silêncio. “É preciso ser amigo. Um dado momento a pessoa vai falar. Acredito que abrir o coração, mostrar através dos atos que deseja felicidade dela, ela se sente segura. No meu ambiente de trabalho muitos alunos vem comentar, conversar, porque é preciso ser amigo. Um professor não tem que ser professor, tem que ser educador. Professor é aquele que se restringe na sala de aula à matéria. Mas educador é fazer um pouco mais. Através do que se tem para ensinar, é observar o aluno, se tem dificuldade na sala e fora, além”.
Diretor de ensino do Campus, o professor doutor Adriel Martins Lima ressaltou a delicadeza do tema. “É algo que já vem sendo discutido no nosso meio escolar, na sociedade e vemos isso com frequência nas redes sociais, televisão. É o começo de outras consequências que podem ser resultadas, então, esse diálogo é importante. E palestrante que já tem conhecimento para falar para alunos e pais, adultos que estudam no ensino superior, acrescenta muito à discussão”.
Adriel ainda destacou o trabalho conjunto entre família e Instituição. “É uma ação entre a Instituição e a família. Todos devem se juntar para combater o bullying e o professor é um mediador, na detecção, é ele que está no dia adia, há questões passam por ele”.
BSGI-Valorizar cada vida de forma a promover o desenvolvimento humano em prol da construção de uma cultura de paz. Este é o objetivo primordial da Associação Brasil SGI (BSGI), desde a sua fundação. Para tanto, busca contribuir com ações conscientes que promovam o potencial humano, proporcionando a plenitude de cada indivíduo e abolindo qualquer tipo de discriminação.
Conforme o portal oficial, ela foi constituída em 1960 por Daisaku Ikeda, a entidade é a representante da organização não governamental Soka Gakkai Internacional – SGI, em terras brasileiras. Com base em sua missão vêm promovendo exposições, intercâmbios com universidades e museus entre outras atividades nas áreas da educação e cultura.
O objetivo institucional da SGI é a difusão da filosofia humanística de Nichiren Daishonin, cuja diretriz básica é felicidade plena de toda humanidade. Por meio da construção de uma cultura de paz, promove atividades visando à criação de valores humanos conscientes da importância de contribuírem, como missão pessoal, para o bem-estar das pessoas, atividades essas que são expressões concretas das diretrizes da SGI e da filosofia humanista de Nichiren.
